Sala de aula invertida: 7 dicas para aplicar esse conceito

Tecnologias e Ensino
Publicado 16/08/2021
Por Gabrielly

Uma dor de cabeça bem frequente entre os gestores é o desafio de engajar os colaboradores em treinamentos corporativos. Por isso, é preciso inovar, e é neste exato ponto em que a sala de aula invertida entra como uma alternativa relevante. As novas gerações aprendem de forma diferente, e métodos inovadores como esse surgiram para contemplar os novos hábitos de aprendizado.

Nesse post, vamos ensinar como funciona a sala de aula invertida e ainda te dar algumas dicas para aplicar esse conceito nos seus treinamentos. Siga a leitura para conferir!

O que é a sala de aula invertida?

A sala de aula invertida é um estilo de ensino que segue uma lógica oposta à tradicional: o aluno aprende através de pesquisas próprias, chega na aula já com algum conhecimento no tema e tira as dúvidas com o instrutor.

Desse modo, o encontro com o professor transforma-se em um momento para tirar dúvidas, aprofundar o assunto e até mesmo para a criação de atividades entre professor e alunos.

O termo sala de aula invertida vem do inglês “flipped classroom”, e surgiu em 2007 da seguinte reflexão do professor de Ciências Aaron Sams “O momento que os alunos realmente precisam da minha presença física é quando empacam e carecem de ajuda individual. Não necessitam de mim pessoalmente ao lado deles, tagarelando um monte coisas e informações; eles podem receber o conteúdo sozinhos”.

Na sala invertida, os alunos não precisam consumir o conteúdo dentro de uma sala de aula, pois eles terão a oportunidade de fazer isso no conforto de suas casas. Esse conhecimento é aplicado e as dúvidas são sanadas posteriormente, junto com o professor. É o encontro perfeito entre o ensino através da tecnologia e ensino presencial.

O ensino-aprendizagem é (e deve permanecer) sempre fruto da interação entre especialista e aprendiz. Seja de forma escrita, em vídeo ou falada presencialmente, o conteúdo é passado de um para o outro. Com o ensino a distância não é diferente: a sala de aula invertida serve para proporcionar esse engajamento. É ela que traz o conceito de interatividade a tona de forma mais eficiente.

Pilares da aprendizagem invertida

pilares da sala de aula invertida

Como surgiu nos Estados Unidos, os pilares da aprendizagem por meio da sala de aula invertida partem de termos em inglês que se referem à sigla FLIP (que significa virar, inverter). São eles:

  • Flexible environment: significa ambientes flexíveis, ou seja, espaços para quem estuda fazer isso com liberdade quando e onde quiser;
  • Learning culture: significa cultura de aprendizagem, na qual quem estuda assume o papel de protagonista do seu próprio aprendizado;
  • Intencional content: significa conteúdo dirigido, quando o instrutor identifica quais são os temas e conteúdos que mais fazem sentido e como o aprendizado vai acontecer nas horas síncronas e assíncronas;
  • Professional educator: significa educador profissional, ou seja, o professor ou instrutor assume um papel de mentor.

Benefícios de adotar a sala de aula invertida

Ajuda a desenvolver soft skills

O modelo de uma sala invertida tem como ideal propor um diferencial no curso, o que torna a aprendizagem muito cativante e prática. Mas não é só isso: a flipped classroom também ajuda no desenvolvimento de soft skills como proatividade, independência e autodidatismo, já que o aluno cria uma certa independência para compreender o conteúdo antes da explicação em sala de aula.

Dá independência ao aluno

Sob o ponto de vista do aluno, o atrativo de uma sala de aula invertida é que ele se torna um agente muito mais ativo e responsável pelo próprio ensino. Ao estudar previamente, o aluno precisa se organizar e escolher o próprio estilo de estudos que traz mais facilidade para assimilação do conteúdo proposto.

Otimiza o tempo

Seja do aluno ou do especialista, o tempo é muito mais aproveitável quando parte da “matéria-prima” de uma aula que já foi ensinada online. Para o aluno, podem ser tiradas dúvidas e aprofundar o conhecimento. Já o professor pode aplicar atividades para pôr em prática o conteúdo com mais rapidez e profundidade.

Cria debates ricos

Como ambos professor e aluno têm o assunto já em mente, os encontros em aula geram debates mais ricos em baseamento e o conteúdo já pode ir sendo aplicado de forma prática.

Legal, não é mesmo? Mas como podemos aplicar esse conceito no dia a dia dos treinamentos corporativos?

7 dicas para implantar a sala de aula invertida

Vimos como existem vantagens muito atraentes para a sala invertida, então que tal saber de algumas dicas para te ajudar a colocar esse método em prática? Listamos a seguir 7 pontos que não podem passar despercebidos. Confira:

1. Não se prenda à moldes

Não existe um único jeito correto de aplicar o conceito de flipped classroom em um treinamento, e cabe aos instrutores e alunos desenvolverem o método que seja mais funcional para todos. Você poderia intercalar aulas tradicionais expositivas com vídeo aulas ou ebooks sobre o conteúdo, ou até utilizar o método apenas algumas vezes ao mês, são meios experimentais de como isso pode ser feito. Sinta-se livre para inovar.

2. Ofereça materiais complementares para os alunos

Você não precisa deixar toda a pesquisa por conta dos alunos. Na verdade, é importante oferecer recomendações de materiais que devem ser consumidos pelos aprendizes, como livros, vídeos, podcasts etc. Assim você garante que eles buscarão informação em fontes seguras de pesquisa.

3. Seja sucinto

Um dos objetivos principais de trazer o método de sala invertida é o engajamento, isto é, engajar o aluno nos treinamentos. Por isso, mantenha o seu conteúdo breve e direto, nada de vídeos compridos e enrolados.

Uma boa dica é fazer uma introdução e uma conclusão em cada aula. A introdução serve para recapitular o tema anterior, e a conclusão para ajudar na fixação do conteúdo apresentado.

4. Aproveite os encontros presenciais

No modelo flipped learning, cada segundo dentro da sala de aula deve ser aproveitado para discussões, tirar dúvidas e atribuir atividades complementares ao tema estudado em casa. Procure promover exercícios que estimulem a interação da turma e fortaleça a relação professor-aprendiz.

Inverter a sala de aula significa muito mais do que deixar os alunos consumirem conteúdo com antecedência. É uma forma de combinar educação e tecnologia na abordagem de ensino, priorizando aprendizagem contínua e proatividade.

5. Abrace a metodologia

Como estamos acostumados com métodos tradicionais, a sala invertida pode causar estranhamento no começo, mas tenha perseverança. Crie um plano para evitar erros e argumente com as partes interessadas sobre os benefícios desse método de ensino, um novo conceito para as aulas. A adesão pode demorar, mas não é motivo para desistência.

6. Comunicação é a chave

Aulas muito impessoais e pouco dinâmicas não promovem motivação alguma para o aluno. Aproveite os encontros presenciais para desenvolver uma comunicação aberta com os aprendizes, envolvendo os alunos durante a aula.

7. Tenha um plano flexível

Nenhum fracasso é o fim da linha. O plano de implantação do método pode ser alterado e personalizado com inúmeros estilos diferentes ao longo do processo de aprendizagem, podendo assim ser adaptado conforme o contexto dos seus treinamentos e os resultados observados.

planillha de controle de treinamentos

O papel da tecnologia na sala de aula invertida

O avanço da tecnologia popularizou principalmente a educação a distância. Cada vez mais pessoas possuem acesso à internet, e consequentemente oportunidade de buscar conhecimento de forma autônoma.

Dessa forma, a sala invertida une a democratização do conhecimento proporcionada pela tecnologia com a dinâmica de ensino-aprendizagem que só os encontros presenciais podem proporcionar.

É por isso que é importante utilizar softwares de ensino que funcionam como ferramenta para botar em prática o programa de sala de aula invertida da melhor forma possível. Uma plataforma LMS permite atribuir trilhas de aprendizagem e direcionar conteúdos para os aprendizes, assim como acompanhar indicadores e fazer uma boa gestão do aprendizado.

É importante oferecer uma fonte de conteúdo confiável para que o aprendiz possa fazer suas pesquisas. Além disso, os encontros precisam ser gravados e disponibilizados para posterior consulta. Isso vai ajudar tanto quem quiser rever alguma aula, quanto futuros alunos que podem precisar assistir aulas passadas.

Por isso, utilize um software que permita hospedar cursos em um portal online que possa ser acessado de qualquer lugar por qualquer pessoa.

Potencial da sala invertida

Por fim, percebemos como a sala invertida tem um enorme potencial para revolucionar a educação do mundo todo, porque ela é o elo entre o digital e presencial. Unindo as vantagens dos dois métodos, o processo de aprendizagem torna-se completo e eficaz.

O uso de softwares e ferramentas complementares é indispensável para quem busca melhorar os resultados dos treinamentos, pois possuem recursos que ajudam no processo de ensino-aprendizagem.

Apesar de ser um conceito ainda pouco difundido, utilizar a sala de aula invertida pode ajudar a engajar todos nos treinamentos, gerando resultados benéficos e duradouros para a empresa.

Para te ajudar ainda mais nesse quesito, preparamos um webinar especialmente dedicado à questão do engajamento do aluno. Nele, ensinamos como melhorar a experiência dos colaboradores nos treinamentos corporativos. Abordamos o conceito de experiência do colaborador, tendências da educação corporativa, ferramentas para melhorar o processo de aprendizagem e muito mais! Clique no banner abaixo para assistir!

Como melhorar a experiência dos colaboradores

Como a tecnologia pode te ajudar nesse processo?

Você viu que a sala invertida pode acontecer tanto de forma presencial, híbrida ou remota. Independente do formato que melhor se adapta, você pode contar com apoio de tecnologias que vão te ajudar a controlar as aulas.

Se você precisa de ajuda para criar um ambiente virtual de aprendizado, conheça a Twygo LMS!

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Veja como a Twygo funciona na prática:

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