O que é SCORM e como ele funciona em treinamentos online
O universo do ensino EAD é repleto de funcionalidades e termos que podem ser confusos para algumas pessoas. Na hora de escolher uma plataforma LMS para criação de ambientes de aprendizagem, palavras como SCORM surgem e deixam algumas dúvidas. Bem, estamos aqui para explicar direitinho o que é SCORM e qual é a sua importância e utilidade.
O que é SCORM?
Antes de entender SCORM, precisamos antes do conceito de plataforma LMS. Uma plataforma LMS é um software voltado para criar, organizar e gerenciar cursos e treinamentos online.
É uma sigla em inglês para Learning Management System, que significa Sistema de Gestão de Aprendizagem, e serve para realizar aprendizagem a distância.
Nesses sistemas, o aluno tem diversas aulas e conteúdos disponíveis, bem como avaliações de aprendizado e outras informações. Acontece que se um aluno quiser trocar de plataforma, mas continuar consumindo o mesmo conteúdo, pode fazer isso sem problemas utilizando o SCORM. Mas por quê?
Porque o SCORM é um conjunto de especificações técnicas que visam garantir um padrão na construção de plataformas LMS.
Trata-se de um padrão de comunicação informacional que possibilita que diferentes plataformas LMS possam trocar dados de forma compatível. Basicamente, ele permite que cursos e alunos sejam transferidos de uma plataforma para outra sem complicações.
SCORM é a sigla para Shareable Content Object Reference Model, que significa Modelo de Referência de Objeto de Conteúdo Compartilhável.
Há softwares que fazem esse trabalho de criar e converter arquivos neste formato, assim como plataformas LMS que permitem exportar e importar cursos nesse formato.
Como surgiu o SCORM?
O SCORM foi desenvolvido em 1999 pela ADL (Advanced Distributed Learning) a pedido do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que queria um padrão para compartilhamento de conteúdo oficial pela internet. O objetivo era criar cursos preparatórios para o exército americano e aplicá-los digitalmente.
Nessa época, a migração de conteúdo de uma plataforma para outra ainda era muito difícil. A solução foi criar um padrão técnico a ser seguido na hora de criar plataformas LMS, para que pudesse haver uma comunicação entre elas. Esse padrão é o SCORM.
Sua primeira versão foi lançada em 2000 (SCORM 1.0). Desde então, quatro versões diferentes já foram disponibilizadas:
- SCORM 1.2: lançado em 2001, veio como uma versão melhorada do sistema original;
- SCORM 2004: lançado em 2004, trouxe grandes melhorias, incluindo recursos avançados para o rastreamento detalhado das atividades dos alunos;
- SCORM 2004 2ª edição: com essa atualização, ficou possível rastrear o progresso dos alunos e suas interações com o conteúdo de forma mais precisa, oferecendo relatórios mais completos;
- SCORM 2004 3ª edição: a partir dessa versão, os dados sobre a interação dos alunos com os conteúdos ficaram ainda mais detalhados e fáceis de analisar;
- SCORM 2004 4ª edição: essa versão ampliou as possibilidades de integração entre diferentes sistemas, facilitando o uso do SCORM em ambientes educacionais variados.
Como o SCORM funciona na prática?
Imagine que você oferece um curso de Gestão Financeira em uma plataforma LMS, mas você não está satisfeito com os serviços e decide migrar para outro sistema. É aí que o SCORM entra em ação: você pode utilizá-lo para transferir seu curso de uma plataforma para outra, sem correr o risco de perder nenhuma informação.
O padrão SCORM age transferindo diversas informações, como: resultados de avaliações, dados de alunos e frequência. Assim, os seus alunos não são prejudicados com a mudança de plataforma.
Entretanto, para que isso seja possível, é necessário que ambas as plataformas possuam suporte ao SCORM. A primeira precisa ser capaz de exportar os cursos nesse formato, e a outra deve ser capaz de carregar os cursos exportados para dentro de seu sistema.
Logo, para que você possa utilizar o SCORM, ambas as plataformas LMS utilizadas no processo precisam ter sido desenvolvidas com suporte a essa funcionalidade.
Na transferência, o SCORM agrupa todas as informações em um pacote, o chamado pacote SCORM, que você pode salvar e fazer upload como um pacote .zip normal.
Quais os objetivos do SCORM?
O SCORM tem quatro objetivos principais que vão além de simplesmente padronizar a comunicação entre sistemas. Ele também organiza os conteúdos de forma mais clara e lógica, facilitando a apresentação das informações. Vamos entender melhor cada um deles:
1. Padronização
Esse é o objetivo mais técnico do SCORM. Basicamente, ele estabelece as regras para que os sistemas, como plataformas e conteúdos de treinamento, possam “conversar” entre si de forma padronizada. Isso garante que tudo funcione bem em conjunto, sem incompatibilidades. Ou seja, se você fizer um curso no formato SCORM, ele vai funcionar em qualquer LMS que siga o padrão, sem dor de cabeça com compatibilidade.
2. Reutilização
Um dos grandes benefícios do SCORM é a reutilização de conteúdo. Isso significa que, ao criar um curso, o conteúdo pode ser modularizado para ser usado em diferentes contextos. Por exemplo, se você desenvolveu um curso sobre Segurança da Informação e nele há um módulo sobre o uso correto de crachás, esse mesmo módulo pode ser aproveitado em um treinamento de integração para novos colaboradores, sem precisar criar tudo de novo.
3. Flexibilidade
Com o SCORM, você tem a flexibilidade de usar o mesmo conteúdo em diferentes trilhas de aprendizado. Isso é útil para adaptar o treinamento a diferentes perfis de alunos, garantindo que cada um receba a formação necessária, mesmo que estejam em estágios diferentes do aprendizado.
4. Portabilidade
O SCORM também facilita a portabilidade dos conteúdos, ou seja, você pode transferir seus cursos para outras plataformas sem problemas, desde que essas novas plataformas também sejam compatíveis com o padrão. Isso significa que seus conteúdos são independentes de uma plataforma específica, o que é ótimo para garantir que eles continuem acessíveis mesmo em outros ambientes.
Desvantagens do SCORM
Apesar de exportar informações que o instrutor precisa, o SCORM ainda não permite a exportação de bate-papos ou fóruns de discussão, então para essas informações ainda é preciso fazer backup manual.
Isso porque esse padrão foi criado há muito tempo. Conforme novas funcionalidades foram sendo criadas nas plataformas LMS, o SCORM ficou para trás em sua capacidade de transportar esses novos dados.
Além disso, atualmente as plataformas LMS oferecem funcionalidade distintas que são específicas para o seu público-alvo, e o SCORM não é capaz de se adequar a todas elas. Ou seja, não tem mais como haver essa padronização e unificação entre todas as plataformas por meio do SCORM.
Na verdade, o SCORM se tornou limitado, focando apenas no básico de qualquer plataforma LMS, que é a identificação dos alunos e o armazenamento do desempenho deles no curso.
Ele não oferece mais informações sobre os alunos, o que impossibilita que os desenvolvedores aperfeiçoem a ferramenta por falta de dados mais profundos sobre os usuários e sua relação com o software e os conteúdos.
Veja bem, não é que ele é dispensável, o SCORM possibilita bastante coisa útil, mas existem recursos mais interessantes do que ele hoje em dia.
O que uma boa plataforma LMS precisa ter?
É muito bom que você saiba a origem do SCORM e como ele funciona, uma vez que ele se tornou um dos primeiros modelos padronizados de plataforma LMS.
No entanto, atualmente existem outros recursos e funcionalidades que agregam mais do que o SCORM.
Afinal, se uma plataforma LMS for muito boa, dificilmente os alunos vão querer trocá-la por outra, então a compatibilidade com outros softwares se torna desnecessária.
Então, vamos lá. A dica é: escolha uma plataforma no padrão SCORM, ele facilita bastante coisa, mas vá além disso. Outras funcionalidades importantes de plataformas LMS são:
- Painéis de indicadores: por onde é possível fazer o acompanhamento de desempenho dos alunos e dos cursos;
- Fóruns: por onde os alunos podem tirar dúvidas e conversar com instrutores;
- Gamificação: para motivar e tornar o aprendizado mais descontraído;
- Alta personalização: para que o ambiente de aprendizado atenda às necessidades da sua organização e transmita os atributos da sua marca;
- Fácil usabilidade: facilita o uso tanto do instrutor, como do aluno e aumenta a retenção das pessoas;
- Meio de pagamento seguro: gera credibilidade para a plataforma;
- Layout customizável: assim o instrutor do curso pode ter uma identidade visual personalizada.
Também é preciso pensar que nem todas as plataformas LMS têm uma equipe de suporte disponível para auxiliar o usuário a lidar com a ferramenta, isso sim é indispensável.
É claro que existem mais padrões de compartilhamento de conteúdo, além do SCORM, mas ele é, de longe, o mais usado e popular. Por isso hoje em dia é um requisito básico que toda boa plataforma LMS tenha esse recurso. A Twygo, por exemplo, possui compatibilidade com o SCORM e ainda garante todos os itens que acabamos de citar.
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Desde 2018 ajudando empresas a transformar T&D com tecnologia na Twygo. Licenciada em Letras, MBA em Marketing pela USP/Esalq e Técnico em TI (Informática) pelo Instituto Federal Catarinense. Especialista em estratégias de produto, inovação e condução de projetos de produto com foco em treinamento e desenvolvimento.