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Liderança situacional: o que é, estilos e vantagens para a empresa

Treinamento e Desenvolvimento (T&D)
Publicado 28/10/2024
Por Andreia

Capacidade de adaptação a diversos cenários é uma das principais características de bons líderes, sabemos disso. Quando se trata de pessoas, é preciso entender que cada um possui características e personalidades diferentes e isso impacta na forma como devem ser liderados. Logo, entre diferentes equipes podem ser necessários diferentes tatos por parte do gestor para que o trabalho possa render! É dessa necessidade que surge o modelo de liderança situacional.

O que é liderança situacional?

Liderança situacional é um modelo de gestão de equipes que consiste em adaptar a forma de liderar de acordo com o contexto em que a equipe se encontra e os profissionais que a compõe.

Em vez de aplicar uma abordagem única para todos, o líder ajusta sua forma de agir de acordo com o momento da equipe e as características de cada profissional, garantindo uma gestão mais eficaz e alinhada às demandas específicas de cada situação.

Mesmo em momentos de crises, líderes situacionais são capazes de manter o alto desempenho dos times. Para que isso aconteça, essa liderança deve conhecer muito bem as pessoas, especialmente suas competências técnicas e comportamentais.

Teoria da liderança situacional

A teoria da liderança situacional foi desenvolvida em 1969 por Paul Hersey e Ken Blanchard. Segundo eles, um bom líder é capaz de adaptar seu comportamento conforme o nível de maturidade profissional de cada um dos seus subordinados. Isso porque, o estilo de liderança que funciona com um colaborador pode não funcionar com o outro!

Sendo assim, de acordo com essa teoria, não há um estilo de liderança melhor do que outros. Na verdade, tudo depende da situação que se enfrenta e das pessoas com as quais se está lidando, e o gestor deve saber como ser flexível e se adaptar ao cenário em que está inserido.

Quais as principais características da liderança situacional?

as sete principais características da liderança situacional

A liderança situacional se destaca por sua flexibilidade e adaptabilidade, sendo projetada para ajustar o estilo de liderança com base nas necessidades da equipe e nas demandas do momento. As principais características desse estilo são:

1. Flexibilidade

O líder situacional adapta seu estilo de liderança de acordo com o nível de competência e motivação dos colaboradores. Ele muda sua abordagem conforme a situação, em vez de seguir um único estilo fixo de liderança.

2. Foco no desenvolvimento dos colaboradores

A liderança situacional reconhece que cada colaborador está em um estágio diferente de desenvolvimento. O líder ajusta seu nível de supervisão e suporte para ajudar os colaboradores a crescerem e se tornarem mais autônomos.

3. Tomada de decisões baseada no contexto

O líder toma decisões com base no contexto atual da tarefa, avaliando fatores como urgência, complexidade e nível de habilidade da equipe. Isso permite uma abordagem mais eficaz e prática para lidar com diferentes desafios.

4. Direção e apoio variáveis

Dependendo da situação, o líder situacional pode ser mais diretivo, fornecendo instruções detalhadas e monitorando de perto, ou mais participativo, oferecendo apoio e encorajando a autonomia dos colaboradores.

5. Liderança adaptada ao nível de maturidade

O nível de maturidade dos colaboradores é um fator chave para determinar o estilo de liderança. A maturidade é avaliada em termos de competência (habilidades) e compromisso (motivação). Colaboradores menos experientes ou inseguros podem precisar de mais direção, enquanto aqueles mais experientes podem se beneficiar de mais autonomia.

6. Engajamento e motivação

A liderança situacional foca em manter os colaboradores motivados, ajustando o suporte de acordo com o nível de confiança e desempenho da equipe. Ao fornecer o suporte adequado, o líder ajuda a aumentar o engajamento e o envolvimento dos colaboradores.

7. Clareza na comunicação

Os líderes situacionais são claros e diretos em suas instruções e expectativas, especialmente quando estão utilizando o estilo diretivo. Ao mesmo tempo, eles também estão abertos ao diálogo e ao feedback, incentivando a comunicação bidirecional.

Em resumo, a liderança situacional é caracterizada por sua capacidade de se moldar às necessidades da equipe e da tarefa em questão, garantindo que cada colaborador receba o nível certo de orientação e apoio para alcançar o melhor desempenho possível.

Quais os principais estilos da liderança situacional

mapa de liderança situacional

A liderança situacional é um estilo de liderança flexível que adapta a abordagem do líder de acordo com a situação e o nível de maturidade ou competência dos colaboradores.

Esse modelo propõe quatro tipos de liderança: delegação, apoio, treinamento e direção. Cada estilo é utilizado com base no nível de desenvolvimento e nas necessidades específicas da equipe ou do indivíduo em diferentes momentos.

Observando o diagrama, podemos concluir que o estilo de liderança E1 é mais adequado para a maturidade P1, o estilo de liderança E2 é mais adequado para a maturidade P2, e assim por diante. Sendo assim, quanto mais capacitada e motivada for a equipe, menos diretivo o líder precisa ser. Faz sentido, não é?

Agora, entenda mais sobre cada tipo de liderança situacional:

Delegação

No estilo de delegação, o líder confia plenamente nas habilidades da equipe e permite que os colaboradores tomem decisões e resolvam problemas sem precisar de supervisão constante.

Esse estilo é ideal para pessoas que já possuem um alto nível de competência e autonomia. Aqui, o líder atribui as responsabilidades e confia que o trabalho será feito com qualidade, sem precisar ficar em cima.

O líder se mantém disponível para ajudar, caso necessário, mas o time tem bastante liberdade para agir por conta própria. Isso promove um ambiente de trabalho autônomo e aumenta o senso de responsabilidade entre os colaboradores, especialmente aqueles que preferem ter mais independência nas tarefas do dia a dia.

Apoio

No estilo de apoio, o líder atua mais como um facilitador e mentor, dando suporte emocional e incentivando a participação dos colaboradores nas decisões.

Em vez de apenas dar ordens, ele ouve o time, considera suas opiniões e trabalha junto para encontrar soluções. Esse estilo é muito útil quando os colaboradores já têm alguma habilidade técnica, mas ainda precisam de incentivo e motivação para se sentirem mais confiantes em suas decisões.

A liderança participativa, que envolve o apoio, é excelente para aumentar o engajamento e criar um ambiente de trabalho onde os funcionários se sentem ouvidos e valorizados, além de reforçar a confiança mútua.

Treinamento

O estilo de treinamento é aquele em que o líder combina orientação com suporte, ensinando os colaboradores como fazer as coisas e, ao mesmo tempo, oferecendo feedback constante.

Esse é o tipo de liderança ideal para quem ainda está aprendendo ou desenvolvendo novas habilidades. O líder está bem presente, mostrando passo a passo como realizar as tarefas, corrigindo quando necessário e ajustando o aprendizado conforme o colaborador vai progredindo.

Essa abordagem é especialmente importante quando se está lidando com pessoas mais inexperientes ou quando novos processos e ferramentas estão sendo introduzidos. O grande benefício desse estilo é que ele acelera o desenvolvimento de habilidades e prepara a equipe para assumir responsabilidades maiores no futuro.

Direção

Por último, temos o estilo de direção, onde o líder assume o controle total da situação, definindo o que precisa ser feito e como deve ser feito. Esse tipo de liderança é mais direto e exige que o líder dê instruções claras e específicas.

É comum em situações em que os colaboradores são novos ou não têm experiência, ou quando a tarefa é crítica e precisa ser executada com rapidez e precisão.

Nesse caso, o líder acompanha de perto todo o processo, garantindo que as tarefas sejam realizadas da maneira correta e dentro do prazo estabelecido. Esse estilo pode ser bastante eficiente quando há urgência ou quando é necessário garantir um resultado específico.

Então, de maneira resumida, temos:

  • E1 – Direção: entre os quatro estilos de liderança, esse é o que os liderados possuem a menor autonomia. Aqui, o líder deve ensinar à equipe tudo o que deve ou não fazer e ensinar como fazer. As tarefas são supervisionadas ao longo de sua realização até que os profissionais possuam maior capacidade;
  • E2 – Orientação: nesse caso, o líder deve oferecer uma supervisão constante, estímulos para a execução das tarefas e apoiar sugestões e ideias dos subordinados. Entretanto, a palavra final ainda é a do gestor. Ainda assim, ele deve fazer com que a equipe se sinta motivada a contribuir com ideias;
  • E3 – Apoio: aqui, a supervisão do líder é muito menor. Na verdade, a ideia é que ele facilite o trabalho e incentive os profissionais da equipe. Ele deve apoiar a análise de diferentes ideias e perspectivas, de modo a enriquecer os processos de forma colaborativa;
  • E4 – Autonomia: aqui, o papel do líder é muito menor na tomada de decisões e realização das atividades. A equipe deve ser autônoma para tomar a maior parte das decisões. Logo, também é a equipe que assume a responsabilidade pelas consequências. O líder, por sua vez, deve delegar responsabilidades e atuar para manter a organização do trabalho.

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Quais os níveis da liderança situacional?

Quando falamos sobre o nível de maturidade de uma equipe, estamos nos referindo ao seu nível de capacitação, ou seja, de competência para realizar as atividades com maior ou menor autonomia. Autonomia requer conhecimento, responsabilidade e engajamento. Sendo assim, podemos classificar a maturidade em 4 níveis:

  • P1 – baixa vontade e baixa capacidade: os profissionais do grupo não possuem conhecimento e habilidades suficientes para concluir a tarefa de forma autônoma. Isso pode ocorrer porque são novos ou porque não se sentem preparados e motivados para tomar decisões por conta própria;
  • P2 – alta vontade e baixa capacidade: os profissionais possuem alguma experiência e por isso estão motivados e possuem habilidade. Entretanto, ainda é necessário apoio na realização das tarefas;
  • P3 – baixa vontade e alta capacidade: os profissionais possuem as habilidades necessárias para realizar o trabalho com autonomia. Entretanto, eles não se sentem dispostos (motivados) para assumir responsabilidades;
  • P4 – alta vontade e alta capacidade: os profissionais são capacitados e motivados o suficiente para realizar todo o trabalho com autonomia.

Vantagens da liderança situacional nas empresas

  • Flexibilidade: o líder ajusta o estilo de acordo com a situação e as necessidades da equipe;
  • Desenvolvimento de habilidades: ajuda os colaboradores a crescerem, oferecendo mais ou menos suporte conforme necessário;
  • Melhoria no desempenho: quando o líder dá o suporte certo, a equipe performa melhor em diferentes fases do trabalho;
  • Mais engajamento: ao ser mais colaborativo e apoiar a equipe, o líder aumenta a motivação dos colaboradores;
  • Decisões mais eficientes: o líder escolhe o estilo de liderança certo para cada momento, melhorando a agilidade nas decisões;
  • Menos conflitos: a capacidade de se adaptar ajuda a lidar com diferentes personalidades, evitando atritos;
  • Melhora na comunicação: promove uma comunicação clara e aberta, ajustando a abordagem conforme necessário;
  • Adaptação a mudanças: é perfeito para ambientes dinâmicos, já que o líder pode mudar de abordagem de acordo com os desafios que surgirem.

Desvantagens da liderança situacional

  • Demanda por alta flexibilidade: o líder precisa estar constantemente avaliando e ajustando seu estilo, o que pode ser cansativo e desafiador;
  • Requer avaliação constante: é necessário entender o nível de maturidade e competência de cada colaborador, o que pode ser complicado em equipes grandes;
  • Pode causar inconsistência: mudanças frequentes no estilo de liderança podem confundir a equipe se não forem bem comunicadas;
  • Demora no desenvolvimento de habilidades: quando o estilo não é corretamente adaptado, colaboradores podem demorar mais para se desenvolver;
  • Difícil implementação em grandes organizações: em empresas muito grandes, adaptar a liderança a cada indivíduo pode ser impraticável;
  • Depende muito da capacidade do líder: líderes que não conseguem ler bem as situações ou seus colaboradores podem acabar aplicando o estilo errado;
  • Falta de clareza em papéis: se não for bem gerida, a alternância entre suporte e autonomia pode gerar confusão sobre responsabilidades.

A evolução da capacidade

Imaginemos a seguinte situação: uma equipe possui o nível 1 de maturidade, isto é, baixa vontade e baixa capacidade. O adequado seria que o gestor utilizasse um estilo diretivo de liderança: dizer à equipe o que fazer e o que não fazer e supervisionar todas as atividades. Além disso, todas as decisões devem partir do gestor, nesse caso. Mas é útil para uma empresa que essa seja a situação permanente? Não.

Sabemos que lideranças centralizadas são úteis em alguns casos, mas, por outro lado, sobrecarregam o gestor, tornam os processos mais lentos (já que tudo precisa ser supervisionado por ele), interferem na pluralidade de ideias, dificultam a inovação e podem trazer insatisfação para os subordinados. Além disso, um eventual desligamento desse gestor faria com que sua equipe ficasse completamente perdida. Ou seja: cenário de caos e destruição.

Logo, o mais interessante é que os profissionais sejam capacitados com o passar do tempo para que o líder possa “soltar as rédeas”, por assim dizer. Uma equipe autônoma é formada por uma série profissionais capacitados que colaboram com ideias, apresentam agilidade na execução de tarefas e tomada de decisões e são capazes de manter seu trabalho mesmo na ausência do líder. Além disso, esses profissionais tendem a ficar mais satisfeitos com o seu trabalho; isso melhora o clima organizacional e reduz a taxa de turnover, o que é muito bom.

Sendo assim, quando falamos sobre liderança situacional, é preciso levar em conta alguns treinamentos indispensáveis. Veja:

Treinamento de equipe

Para que uma equipe não fique dependente do líder para sempre, é necessário investir em treinamento. Treinamentos de equipe são voltados para a evolução de um time como um todo, e isso inclui habilidades técnicas, para a melhor execução das tarefas operacionais, e também habilidades comunicativas, comportamentais etc.

Para aprender a estruturar um treinamento de equipe na sua empresa, recomendamos a leitura do nosso texto inteiramente dedicado a esse assunto, sobre treinamento de equipe.

Treinamento de liderança

É possível que os gestores não estejam familiarizados com as práticas da liderança situacional e não saibam exatamente como agir em cada caso. Por isso, além de treinar as equipes, também é importante investir no treinamento de liderança.

É preciso desenvolver os conhecimentos, habilidades e atitudes de bons líderes nos gestores para que eles possam cumprir o seu papel de maneira mais correta. Um líder situacional precisa saber como gerenciar sua equipe em diferentes cenários e guiá-la ao sucesso.

E então, conseguiu entender como funciona a liderança situacional? Esperamos que esse artigo tenha sido útil.

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