Treinamento de Equipe: 6 dicas de como colocar em prática já!
As equipes são o coração de uma organização, o órgão que faz tudo funcionar na prática. Para que esse funcionamento flua da melhor maneira possível, o coração deve ser forte e saudável, preparado para receber comandos e executá-los. Assim, deve ser treinado continuamente, por isso o treinamento de equipe deve ser um hábito da organização. Se você quer entender melhor sobre o treinamento de equipe, porque ele é tão importante e como fazer ele acontecer na prática, continue lendo!
O que é treinamento de equipe?
O treinamento de uma equipe é uma ação voltada para a evolução de um time como um todo, em termos de habilidade, conhecimento e comunicação. Esse processo tem se tornado muito importante para as organizações que buscam impulsionar a produtividade de seus funcionários.
Os treinamentos de equipe podem capacitá-las para melhorar suas práticas conforme o enfoque que for dado. Conheça a seguir os três principais tipos de treinamento de equipe:
Quais os 3 tipos de treinamento de equipe?
1. Técnico
As ações de treinamento técnico (ou operacional, como também é chamado) são voltadas para a prática do dia a dia da equipe. Logo, serão trabalhadas informações específicas sobre os produtos ou serviços que a empresa oferece, os sistemas utilizados para o trabalho, rotinas de procedimentos e etc., de modo que a equipe possa executar suas tarefas operacionais. Uma equipe de telemarketing, por exemplo, pode ser treinada para utilizar um novo sistema de chamadas e para conhecer melhor os produtos da empresa, um time de novos contratados pode ser treinado para adequar-se à rotina de procedimentos de um setor, e por aí vai.
2. Comportamental
É importante que a equipe passe por treinamentos que foquem no relacionamento entre os membros. Através da análise das questões emocionais dos profissionais de um determinado setor, é possível descobrir de que forma elas podem ser solucionadas; assim, as iniciativas destes colaboradores não são prejudicadas por falta de equilíbrio emocional.
Equipes responsáveis por tomadas de decisão precisam de um treinamento comportamental direcionado à confiança e principalmente à inteligência emocional para lidar com as consequências das decisões.
3. Habilidades
O treinamento das habilidades das equipes volta-se para incentivar a produtividade dos colaboradores a fim de desenvolver o seu potencial máximo. Aqui, as habilidades de comunicação são trabalhadas para gerar mais confiança na hora de se expressar, negociar com fornecedores ou clientes e ganhar a empatia de possíveis parceiros. A comunicação é fundamental tanto para que a equipe tenha um bom relacionamento entre si quanto para os casos em que o contato com o público faz parte do trabalho.
Como fazer o treinamento de equipe acontecer?
O treinamento de equipe não tem nenhuma base ou regra para ser aplicado, mas os passos que trouxemos abaixo podem te ajudar a estruturar um treinamento muito eficiente.
1. Diagnosticar e entender o que precisa ser treinado
A primeira etapa do processo de treinamento de equipe é perceber qual tipo de treinamento precisa ser feito – pode ser entre os três que citamos acima: técnico, comportamental ou de habilidades.
Para isso, o gestor pode atentar-se para os indicadores de desempenho que permitem ter informações sobre o rendimento da equipe (total de horas trabalhadas, faturamento, taxa de sucesso em vendas…), fazer um mapeamento de competências para observar quais estão faltando, analisar o cumprimento de metas e até mesmo realizar pesquisas de satisfação dos clientes. Com isso em mãos é possível entender os pontos críticos da equipe e focar neles no processo de treinamento.
2. Definição dos objetivos
Outro passo muito importante para o treinamento de equipe é a definição dos objetivos. Os treinamentos devem ter objetivos claros para que, ao final do processo, seja possível entender se o resultado foi alcançado ou não. Para isso, é preciso ter clareza do que de fato se quer mudar após o treinamento.
Os objetivos em questão devem ser programados a curto, médio e longo prazo. Isso porque, além de solucionar problemas pontuais (a curto prazo), o processo de treinamento de equipe pode ser um hábito contínuo, e a continuidade proporciona um desenvolvimento de competências a longo prazo.
Para garantir que este processo seja eficaz e o seu time de colaboradores tenha uma boa experiência, é preciso focar no planejamento da sua estratégia. Pensando nisso desenvolvemos o Canvas de Planejamento de Treinamento que vai te ajudar a dar direcionamento e otimizar o seu tempo para planejar o treinamento da sua equipe. Clique no banner abaixo para baixar o material.
3. Definição do formato do treinamento
Treinamento presencial terceirizado
Se a organização tiver capital para investir no treinamento de equipe, pode contratar empresas e consultorias especializadas, oferecer cursos e palestras com especialistas. Por exemplo: treinamentos para atualização da equipe em novas tecnologias e equipamentos podem ser realizados por responsáveis das próprias empresas que fornecem esses serviços.
Treinamento presencial interno
Em muitos casos, porém, os colaboradores podem compartilhar seus conhecimentos e alcançar os resultados estipulados. Por isso é importante incentivar que essas trocas aconteçam naturalmente no ambiente de trabalho, de forma colaborativa. Quando os treinamentos são conduzidos por instrutores experientes de dentro da empresa, geralmente são relacionados às políticas e processos próprios da organização – o jeito da organização de fazer as coisas.
Treinamento online – interno ou terceirizado
Um procedimento básico é conhecer os recursos necessários para colocar o treinamento em prática. Caso o treinamento de equipe for feito a distância (online), deve-se providenciar o software, aparelho ou licença para ter acesso aos cursos. O material didático também precisa ser providenciado – esse material pode ser em formato de vídeos, gravados pelos colaboradores ou fornecidos por empresas terceirizadas.
Quando os colaboradores compartilham o que sabem em plataformas de ensino a distância visando a aprendizagem dos colegas de equipe, dão origem a uma universidade corporativa.
Também é possível contratar plataformas que já oferecem cursos completos e direcionados para o treinamento de equipes. Entenda melhor o conceito de treinamento EAD (a distância) e como ele pode ser útil no treinamento de equipes, levando em consideração esse tipo de público.
4. Prática do treinamento
Uma vez que os objetivos e o formato foram escolhidos, o treinamento pode começar. Nesse sentido, um dos desafios encontrados no decorrer do treinamento é o engajamento dos colaboradores – o envolvimento e a dedicação com que participam do processo. Por vezes, alguns colaboradores podem demonstrar pouco entusiasmo em participar das atividades propostas por terem memórias negativas de treinamentos passados, pouco úteis e distantes da realidade que viviam. Para que isso não aconteça, dê uma olhada nas dicas a seguir:
- O responsável pelo treinamento deve conhecer muito bem o seu público – tendo noção da equipe que vai treinar ele poderá adequar a linguagem, os objetivos e as dinâmicas para que o engajamento seja natural.
- Dar valor à opinião de todos – reuniões e alinhamentos devem ser frequentes para que a comunicação seja eficaz na empresa e as equipes sintam-se à vontade para dar sugestões.
- Começar com algumas turmas “piloto” (de teste) – a partir dos testes, é possível perceber problemas e pontos conflitantes e corrigi-los antes do início oficial do treinamento.
- Dar espaço para a experimentação – a finalidade do treinamento da equipe é que as práticas melhorem, então é importante dar espaço para que isso seja treinado (e não apenas a teoria). O filósofo Confúcio já dizia: “O que eu ouço, eu esqueço; o que eu vejo, eu lembro; o que eu faço, eu compreendo.”
5. Avaliação dos resultados
Depois do treinamento de equipe, surge uma grande expectativa para saber se ele foi bem-sucedido e realmente melhorou as práticas dos colaboradores. A avaliação dos resultados (tanto positivos quanto negativos) ajuda o responsável a planejar os próximos treinamentos com base em dados reais o que, a longo prazo, é muito bom para a empresa e para as equipes.
Para mensurar os resultados, o responsável poderá aplicar avaliações formais sobre o conteúdo aprendido, avaliar as entregas, conversar com o colaborador, observar os indicadores (metas) ou analisar pesquisas de satisfação dos clientes.
6 dicas de treinamentos pontuais para a sua equipe
Quando a dificuldade de equipe é algo pontual, o gestor pode tentar resolvê-la com exercícios práticos de treinamento. É importante, porém, que eles sejam bem estruturados e adequados ao público – não teria sentido, por exemplo, uma dinâmica muito intrusiva quando a equipe não tem intimidade ou disposição para esses contatos. Por isso, atente-se a essas recomendações e dicas:
1. Dinâmicas de grupo
Se os membros da equipe estiverem dispostos a discutir soluções para problemas do dia a dia ou ponderar sobre tomada de decisões, você pode tentar dinâmicas com situações problema para estimular ideias e sugestões: dar voz ao grupo para que transformem problemas em oportunidades. Assim, a criatividade também será desenvolvida.
Você pode, por exemplo, apresentar a seguinte situação problema: todos os integrantes da equipe marcam de fazer uma viagem em alto mar, mas no meio do caminho se perdem e acabam numa ilha deserta, sem internet ou muitos recursos. Pergunte: “Qual a melhor estratégia para solucionar esse problema?”, “Como iriam fazer para sobreviver?”, “Quem ficaria responsável pelas tarefas?”, e assim por diante.
2. Cases reais
Hoje em dia, tornou-se raro encontrar organizações que mantêm o modelo verticalizado de abordagem dos funcionários (de cima para baixo). Isso abre uma possibilidade para que as equipes tenham autonomia para desenvolver seu pensamento estratégico e sua criatividade – é interessante aperfeiçoá-los, de tempos em tempos, com exercícios de estratégia e planejamento, a partir de situações problema reais ou fictícias.
3. Dinâmicas lúdicas
Podem ajudar bastante na comunicação e na percepção da importância do trabalho em equipe. Um exemplo muito bacana é a dinâmica da ilha do tesouro. Para este exercício, o responsável deverá colocar uma caixa de bombons sobre uma folha de jornal, em uma ponta da sala, e uma pilha de folhas de jornal na outra. A equipe deverá formar duplas e cada uma receberá uma folha de jornal.
Com o objetivo de chegar à caixa de chocolates, as duplas só poderão se movimentar em cima do jornal, sem rasga-lo ou colocar os pés no chão. Ao final, deverão perceber que para chegar do outro lado, devem se unir e ir alternando as suas folhas ao longo do caminho, até chegar ao tesouro.
4. Treinamentos práticos em campo
Leve a equipe para o campo de trabalho ou para ambientes externos relevantes para sua atuação. Essa abordagem prática permite que os colaboradores experimentem e pratiquem suas habilidades em um contexto real. Por exemplo, uma equipe de vendas pode fazer visitas a clientes, enquanto uma equipe de serviços pode realizar atividades em locais onde os serviços são prestados.
5. Coaching individualizado
Ofereça sessões de coaching individual para os membros da equipe, onde possam receber orientação personalizada para desenvolver suas habilidades específicas. O coaching pode ser conduzido por líderes da equipe ou por profissionais externos especializados. Essa abordagem direcionada permite abordar as necessidades individuais de cada membro da equipe.
6. Treinamento de liderança
Não se limite a treinar apenas as habilidades técnicas da equipe, mas também invista no desenvolvimento de habilidades de liderança. Realize treinamentos específicos voltados para líderes ou membros da equipe com potencial de liderança. Isso pode incluir o desenvolvimento de habilidades de comunicação, tomada de decisões, resolução de conflitos e motivação da equipe.
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Consultora em ERP pela UDESC e pós-graduada em Engenharia de Software pela PUC, possui os títulos de PMP (Project Management Professional) pelo PMI e CBPP pela ABPMP. Com mais de 25 anos de experiência em gestão de projetos, é uma grande entusiasta da tecnologia e acredita na inovação como facilitadora dos processos de desenvolvimento de pessoas.