Humanidade na tecnologia: Como desenvolver Soft Skills em um mundo digital
No T&D Conference 2024, Lucas Lima, empreendedor e palestrante, conduziu uma discussão sobre “Humanidade na Tecnologia”, abordando como podemos desenvolver habilidades interpessoais em um mundo digital. Como sócio da AAA Inovação e cofundador da Profissas – Escola de Habilidades Humanas e Diversidade, Lucas trouxe uma visão única sobre a integração da tecnologia com o desenvolvimento humano.
Aprendizado just in time vs. just in case
Lucas fez uma analogia interessante, inspirada no filme Matrix, em que a personagem Trinity baixa instantaneamente o conhecimento necessário para pilotar um helicóptero. Ele utilizou essa metáfora para diferenciar o aprendizado “just in time”, que é adquirir habilidades no momento em que são necessárias, do “just in case”, que é acumular conhecimentos de forma preventiva, mesmo que nunca venham a ser usados.
No modelo just in time, o acesso à informação pela internet permite que aprendamos conforme a demanda imediata. “Hoje, podemos acessar qualquer conhecimento instantaneamente, mas será que estamos realmente absorvendo e compreendendo?”, questiona Lucas. Por outro lado, o aprendizado just in case nos leva a acumular conhecimento que talvez nunca seja aplicado, levantando dúvidas sobre sua real eficácia.
Ele conclui que o acesso facilitado à informação não garante aprendizado profundo. O desafio é encontrar um equilíbrio entre o aprendizado rápido e a prática efetiva, para garantir que o conhecimento seja realmente aplicado e internalizado.
Desvendando a ilusão do aprendizado
Lucas também abordou a chamada “ilusão do aprendizado”. Segundo ele, consumir conteúdos em plataformas como YouTube, Instagram ou Tiktok pode nos fazer acreditar que estamos aprendendo, mas muitas vezes estamos apenas absorvendo informações de forma superficial. “Consumir conteúdo não é o mesmo que aprender”, ele ressaltou.
O aprendizado envolve quatro etapas:
- Consumir conteúdo: Absorver novas informações é necessário, mas não suficiente.
- Falar sobre: Discutir o conteúdo ajuda a esclarecer dúvidas e aprofundar o entendimento.
- Compartilhar: Ao compartilhar o que aprendemos, consolidamos o conhecimento e abrimos espaço para novas ideias.
- Colocar em prática: Aplicar o que foi aprendido é o que realmente transforma informações em conhecimento.
A Ilusão do Aprendizado ocorre quando paramos nas primeiras etapas e não aplicamos o conhecimento adquirido. Isso cria um ciclo de consumo sem internalização ou desenvolvimento de habilidades práticas. Para romper esse ciclo, é essencial aplicar o que foi aprendido e transformar informações em verdadeiro conhecimento prático.
O impacto da inteligência artificial no aprendizado
A integração da inteligência artificial (IA) no ensino está mudando o modo como aprendemos e como aplicamos esse aprendizado. “A IA personaliza o ensino, tornando-o mais acessível e adaptável”, diz Lucas. Ele mencionou que a tecnologia pode ser utilizada para adaptar o ritmo de aprendizado de cada pessoa, tornando-o mais dinâmico e ajustado às necessidades individuais. Ela facilita o desenvolvimento dos quatro tipos de conhecimento definidos por John Vervaeke: proposicional, procedimental, perspectival e participativo.
- Conhecimento proposicional: Relacionado à formação de crenças bem fundamentadas com base em dados confiáveis.
- Conhecimento procedimental: Aprender “como fazer” algo, por meio de simulações e tutoriais personalizados.
- Conhecimento perspectival: Desenvolver a capacidade de entender diferentes contextos e situações, especialmente com o uso de tecnologias como a realidade aumentada.
- Conhecimento participativo: Fomentar a interação e o engajamento ativo em plataformas digitais, criando um sentimento de pertencimento.
Esses tipos de conhecimento são essenciais para superar a lacuna entre teoria e prática, permitindo que os estudantes não apenas absorvam informações, mas também as apliquem de maneira significativa em diversos contextos. A IA, quando utilizada corretamente, pode enriquecer todos esses aspectos do aprendizado, tornando a educação uma experiência mais personalizada, interativa e profunda.
Ao integrar a inteligência artificial com um enfoque consciente no desenvolvimento de soft skills e nos quatro tipos de conhecimento, podemos preparar melhor os alunos para um mundo cada vez mais tecnológico, garantindo que eles sejam não apenas consumidores de tecnologia, mas também participantes ativos e críticos do seu desenvolvimento e aplicação.
Construindo uma cultura de aprendizado crítico
Além de discutir os benefícios da IA, Lucas enfatizou a importância de uma cultura de aprendizado contínuo e crítico nas organizações. “O aprendizado não pode ser apenas um ato passivo de consumir conteúdo”, ele reforçou. Para criar um ambiente de aprendizado eficaz, é preciso conectar o conhecimento adquirido aos desafios reais do dia a dia.
O uso da IA para fornecer feedback contínuo e personalizado também foi citado como uma forma de manter o engajamento e aumentar as taxas de conclusão e retenção de conhecimento. “Quando os colaboradores questionam, analisam e discutem ativamente, eles desenvolvem uma mentalidade crítica que é essencial para o sucesso no ambiente de trabalho”, afirma Lucas.
Desafios e soluções na implementação da IA no aprendizado
Apesar dos benefícios, a implementação da IA na educação ainda apresenta alguns desafios:
- Acesso e inclusão: Garantir que todos os alunos, independentemente de sua localização ou condição financeira, tenham acesso às tecnologias de IA.
- Privacidade dos dados: Proteger as informações pessoais dos alunos é fundamental, exigindo políticas rigorosas de segurança de dados.
- Conteúdo adequado: A IA precisa de conteúdos relevantes e adaptados para otimizar o aprendizado, o que requer colaboração entre educadores e desenvolvedores de tecnologia.
Para superar esses desafios, Lucas propôs algumas soluções:
- Estabelecer parcerias entre governos, escolas e empresas para ampliar o acesso à IA.
- Criar regulamentações claras sobre o uso e a proteção dos dados educacionais.
- Promover o desenvolvimento colaborativo de conteúdo, garantindo que a tecnologia de IA seja utilizada de maneira pedagógica.
O futuro do aprendizado com IA e soft skills
Olhando para o futuro, a combinação de IA com o desenvolvimento de soft skills será essencial. A IA continuará adaptando o ensino e fornecendo feedback em tempo real, enquanto as soft skills — como liderança, comunicação e pensamento crítico — se tornarão ainda mais importantes em um mercado de trabalho dominado pela automação.
“Essas habilidades humanas serão o verdadeiro diferencial no mercado”, conclui Lucas. A combinação entre tecnologia e soft skills é o que definirá o sucesso dos profissionais do futuro.
Para acompanhar essas mudanças, as empresas precisam de plataformas eficazes que apoiem o desenvolvimento contínuo de suas equipes. A Twygo é uma plataforma LMS na nuvem que oferece controle de treinamentos, facilidade na execução de capacitações e geração de insights para o desenvolvimento de pessoas.
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