Com tantas mudanças que acontecem no mundo e nos ambientes de trabalho, as formas de liderar equipes também passam por adaptações. Diante de cenários como esse, conhecer tendências de liderança ajuda gestores e também profissionais de T&D.
Apoia os gestores, que ficam ligados em ações que eles mesmo podem aplicar com seus liderados para obter bons resultados. Já as áreas de RH e T&D, ao ficarem antenadas com essas tendências, podem selecionar candidatos melhores ou criar programas de desenvolvimento de líderes mais eficazes, por exemplo.
Para nos aprofundarmos nessas tendências e também nos benefícios que boas lideranças proporcionam aos ambientes corporativos, vamos compartilhar com você resultados de diferentes pesquisas, como:
- Tendências Globais de Capital Humano 2024 da Deloitte;
- Relatório State of the Global Workplace: 2024 da Gallup;
- Tendências de Gestão de pessoas 2024 da GPTW;
- E muito mais!
Por isso, vamos conferir as principais tendências de liderança para 2025:
Liderança humana e empática
A humanização da liderança é uma abordagem de gestão que prioriza a empatia, a escuta ativa e o respeito às individualidades dos colaboradores.
Em vez de um modelo autoritário e hierárquico, líderes humanizados buscam criar conexões genuínas, promovendo um ambiente de trabalho seguro, inclusivo e motivador.
Desse forma, as lideranças não consideram apenas o desempenho profissional dos funcionários, mas também seu bem-estar emocional, incentivando um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.
De acordo com o relatório Tendências Globais de Capital Humano 2024 da Deloitte, os líderes estão cada vez mais focados em gerar impactos positivos para seus funcionários, garantindo bem-estar, desenvolvimento e crescimento dentro da organização.
Já a Gallup destaca a ênfase no bem-estar do funcionário, pois, segundo o relatório, empresas de sucesso promovem o bem-estar de forma ativa, incluindo suporte financeiro, físico e emocional.
O relatório de tendências da GPTW reforça que as competências de liderança mais valorizadas são a empatia e a gestão humanizada.
Lideranças humanas e empáticas apoiam no engajamento do time e os resultados são extremamente positivos, com redução de 78% no absenteísmo e 51% no turnover de funcionários em organizações com altos índices de engajamento.
O material da Gallup ainda destaca que equipes altamente engajadas apresentam aumento de 17% na produtividade e 23% na lucratividade.
Isso se destaca no relatório da Deloitte que mostra a importância de lideranças que passam confiança para suas equipes. O resultado? Empresas que priorizam a transparência e a ética na liderança ganham maior engajamento e retenção de talentos.
Liderança baseada em dados
Uma liderança baseada em dados é aquela que utiliza informações concretas para embasar decisões estratégicas, em vez de depender exclusivamente da intuição ou experiência pessoal.
Nesse modelo, líderes analisam métricas de desempenho, engajamento dos funcionários, produtividade e tendências do mercado para tomar decisões mais informadas e eficazes.
A pesquisa da Deloitte aponta que o uso de tecnologia e análise de dados para tomadas de decisão estratégicas está se tornando indispensável, especialmente para avaliar o desempenho dos funcionários e prever tendências do mercado de trabalho.
Com acesso em tempo real aos dados, os líderes podem fazer ajustes rápidos nas estratégias, alinhando suas ações aos objetivos da empresa. Ao interpretar esses dados, os gestores conseguem identificar padrões, antecipar problemas e direcionar ações de maneira mais assertiva.
Com apoio de análises preditivas e do RH, os líderes podem identificar padrões de turnover, prever necessidades de treinamento ou até ajustar ações para prevenir o burnout.
Segundo o relatório do Deloitte, 49% dos líderes afirmam que usar dados está se tornando a fundamental para melhorar a tomada de decisões, porém só 21% desses respondentes sentem que são eficazes na hora de transformar esses dados em insights úteis.
Liderança inclusiva
A promoção de diversidade e inclusão nas empresas é um tema cada vez mais relevante na atualidade, especialmente como estratégia para empresas que querem se destacar no mercado e garantir resultados de alto impacto.
Um estudo feito pela McKinsey mostrou que empresas com diversidade de gênero têm 25% mais chances de serem mais lucrativas, enquanto aquelas com diversidade étnica apresentam 36% mais probabilidade de obter resultados financeiros acima da média.
E, não à toa, o estudo de 2024 da GPTW mostrou que 66,8% das empresas considerarem a diversidade e inclusão um tema estratégico.
O mesmo material ressalta que os líderes são considerados fundamentais para impulsionar inovação, diversidade e inclusão (D&I) e saúde mental no ambiente de trabalho.
Em vez de impor uma cultura organizacional homogênea, líderes bem-sucedidos reconhecem e incentivam microculturas que aumentam a agilidade, a colaboração e a inovação dentro das equipes, segundo o material da Deloitte.
Contudo, as empresas ainda consideram desafiador engajar as lideranças sobre o assunto.
E como superar essa dificuldade? D&I é uma pauta que precisa estar presente nas iniciativas de T&D porque, conforme a liderança se aprofunda no assunto, mais eles têm informações e argumentos para enxergar os benefícios da pluralidade nos times.
Liderança que atua com mudanças
O relatório da Deloitte aponta que, com o avanço das mudanças no ambiente de trabalho, os líderes precisam ser ágeis para adaptar estratégias e práticas conforme novas tendências emergem.
A liderança que atua com mudanças é um estilo de gestão focado em guiar equipes e organizações por transformações, sejam elas estruturais, culturais ou tecnológicas.
Esse tipo de líder reage e se antecipa às mudanças, promovendo uma cultura de adaptação contínua. Para isso, ele precisa ter habilidades como visão estratégica, comunicação clara e empatia, garantindo que os colaboradores compreendam e aceitem as mudanças de forma positiva.
A liderança atua como facilitador, reduzindo resistências e engajando as pessoas no novo cenário. Essa pessoa valoriza o feedback, acompanha de perto as reações dos colaboradores e ajusta estratégias conforme necessário para minimizar impactos negativos.
Muito da adaptação à cultura da mudança vem da gestão. De acordo com o estudo da GPTW, os líderes são peças-chave na disseminação da cultura organizacional e no alinhamento da equipe aos objetivos estratégicos da empresa.
Liderança que fomenta inovação
Os líderes têm o desafio de garantir que a inovação tecnológica caminhe lado a lado com o desenvolvimento das capacidades humanas, como criatividade, empatia e pensamento crítico.
A pesquisa da GPTW afirma que empresas inovadoras apostam na mentalidade aberta das lideranças para permitir maior experimentação e aceitação de erros como parte do processo de aprendizado.
E o impacto da liderança em seus liderados é bastante relevante, e ficou evidente no relatório de 2024 da Gallup que mostra que:
- 70% da variação no engajamento dos funcionários é atribuída ao gerente. Ou seja, a liderança tem um impacto significativo no nível de envolvimento e satisfação dos colaboradores
- Quando os líderes estão engajados, os colaboradores também são mais propensos a estar, mostrando que existe uma correlação forte entre o engajamento do gestor e o dos liderados
- Em organizações de alto desempenho, 75% dos gerentes e 70% dos funcionários estão engajados. Esse índice é muito superior à média global, onde apenas 30% dos gerentes e 23% dos funcionários estão engajados
- Empresas de alto desempenho fazem do engajamento um pilar estratégico, influenciando contratações, onboarding, treinamentos e avaliações de desempenho
Características valorizadas nas lideranças
O material da GPTW destaca o resultado de uma pesquisa de múltipla escolha que traz as características mais valorizadas na liderança, que são:
- Empatia e gestão humanizada (45,1%);
- Capacidade de entregar resultados (38,6%);
- Resiliência e adaptação às mudanças (37,4%);
- Conhecimento do negócio/produto/serviços (37%);
- Alinhamento com a estratégia organizacional (30,5%);
- Comunicação (22,7%);
- Foco em inovação (19%);
- Atitude positiva (15,8%);
- Compromisso (11,7%);
- Honestidade (9,7%);
- Capacidade de delegar tarefas (8,5%);
- Pensamento analítico (6,5%);
- Criatividade (6%).
VEJA TAMBÉM: Confira as principais competências gerenciais que lideranças devem ter
Programa de desenvolvimento de líderes
Tanto o relatório da Gallup quanto o da GPTW evidenciam que desenvolver lideranças é uma prioridade para 90% das organizações.
A sua empresa faz parte dessa estatística?
A seguir, vamos deixar algumas ideias de conteúdos para desenvolvimento de líderes que você pode cogitar na sua organização:
- Como desenvolver empatia e gestão humanizada;
- Como transformar dados em insights valiosos para seu time e empresa;
- Resiliência e adaptação às mudanças;
- Técnicas de comunicação e feedback para líderes;
- Diversidade e inclusão;
- Gestão de times híbridos;
- Treinamento de ESG para lideranças;
- Como inovar no ambiente de trabalho.
Lembrando que o papel do profissional de RH e T&D é levantar as necessidades de treinamento de acordo com o que faça sentido para os times e o momento da empresa, ok?
Inclusive, a gente elaborou um checklist gratuito bem completo com tudo o que você deve fazer no LNT, que vale a pena baixar.
Quer mais ajuda para elaborar um programa de desenvolvimento de lideranças?
É inegável que o treinamento e desenvolvimento é peça-chave para essa movimentação nas empresas!
Se você sente que precisa elaborar planos de treinamento mais robustos para as lideranças na sua empresa, quero te convidar a assistir à nossa aula gravada com o tema Programa de desenvolvimento de líderes: aplicações prática.
Neste conteúdo, o consultor Lessandro Sassi ministra uma verdadeira aula sobre como incluir conceitos de desenvolvimento de líderes em treinamentos.
Tem estratégias práticas e exemplos reais para ajudar a formar líderes dentro da sua empresa, e você vai aprender a melhorar seus programas de T&D, promovendo o crescimento e o sucesso dos colaboradores.
Para assistir gratuitamente, é só clicar na imagem abaixo e preencher o formulário com seus dados:
Como Chief Revenue Officer na Twygo, combino experiência em liderança de operações de marketing, vendas e pós-vendas com a minha paixão por impulsionar o crescimento através do LMS.