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Hushed hybrid: o que é a tendência do trabalho híbrido silencioso

Gestão de Pessoas
Publicado 26/11/2024
Por Gabrielly

Você é do time remoto, híbrido ou presencial? O fato é que muitas empresas começaram a retornar obrigatoriamente ao trabalho presencial, como foi o caso da Amazon e sua política de retorno ao escritório.

Ao mesmo tempo, a gente sabe que muitos colaboradores adoram a qualidade de vida e a produtividade que o trabalho remoto oferece.

Diante disso, a tendência do hushed hybrid, ou trabalho híbrido silencioso, vem crescendo fora do Brasil.

Será que ela pega (ou já pegou silenciosamente) aqui?

O que é hushed hybrid ou trabalho silencioso?

Hushed hybrid ou trabalho híbrido silencioso acontece quando um líder de uma área permite que os membros da sua equipe trabalhassem em casa, mesmo que política oficial da empresa (também chamada de RTO, abreviação de returno to office) determine o contrário.

Esse movimento vem ganhando força fora do Brasil em empresas que estão forçando os funcionários a saírem do trabalho remoto para retornarem ao modelo presencial ou híbrido.

Segundo dados de uma pesquisa feita pela Owl Labs, 70% dos gerentes do Reino Unido permitiram que as pessoas do seu time trabalhassem de casa quando, na verdade, deveriam estar presencial.

Ou seja, no hushed hybrid, os gestores optam por não impor as políticas de retorno ao escritório definidas em suas empresas para se alinharem às preferências da equipe e na retenção de talentos.

É claro que os liderados estão curtindo isso! A mesma pesquisa da Own Labs mostra que 87% dos trabalhadores do Reino Unido afirmam que essa flexibilidade não oficial teve um impacto positivo no moral.

Qual a preocupação para as empresas sobre trabalho híbrido silencioso?

De maneira geral, o hushed hybrid é preocupante, sim, para as empresas. O pessoal do site People Management UK conversou com Jim Moore, especialista em relações com funcionários da Hamilton Nash sobre o assunto.

Segundo o profissional, “a regra fundamental do RH é tratar todos de forma justa, mas esses acordos híbridos silenciosos promovem uma sensação de sigilo e favoritismo que pode ser tóxica para a cultura do local de trabalho”.

E é claro que as pessoas vão comentar entre si e com pessoas de outro time – e isso pode até gerar algum ressentimento ao colaborador que não foi “contemplado” com esse acordo extra-oficial.

Outro problema do trabalho híbrido silencioso é que alguns colaboradores podem ir trabalhar menos do que o oficialmente exigido, dificultando que as empresas gerenciem o comparecimento.

Apesar do trabalho híbrido silencioso ter um efeito positivo na perspectiva da equipe desse líder, isso pode impactar negativamente – tanto para o líder quanto para o time.

É superimportante o líder ouvir seu time, mas como diz o ditado: o combinado não sai caro!

Qual o papel do profissional de RH diante do hushed hybrid?

Se uma situação assim acontece, é porque algo na cultura da empresa ou na imposição do retorno ao escritório não está indo muito bem.

Por isso, o profissional de RH desempenha um papel estratégico no trabalho híbrido (aquele que é realmente acordado pela empresa), equilibrando a autonomia dos colaboradores com as necessidades da organização.

Mas como fazer isso?

1. Criando políticas claras e flexíveis

Embora o hushed hybrid envolva certa informalidade, o RH precisa criar diretrizes que garantam uma base de entendimento para todos os colaboradores. Isso vai ajudar a evitar confusões sobre expectativas, horários e entregas.

Exemplo prático: definir quais funções precisam de maior presença física e quais podem ter maior flexibilidade, garantindo que todos compreendam como o trabalho híbrido será gerido.

Um time de atendimento ao cliente pode ter necessidades diferentes que um time de desenvolvedores, por exemplo. O importante é deixar isso claro para todos!

2. Promovendo a comunicação transparente

Totalmente relacionado ao item anterior, temos a comunicação transparente!

O RH deve atuar como um mediador, garantindo que os gestores comuniquem de forma clara as expectativas e metas para suas equipes.

Pode ter certeza que isso vai ajudar a reduzir mal-entendidos e evitar problemas como a sensação de falta de alinhamento ou privilégios desiguais.

Ação do RH: você pode realizar encontros regulares para alinhar expectativas e ouvir as preocupações dos colaboradores sobre o modelo híbrido.

3. Garantindo o engajamento e a produtividade

No modelo híbrido, a autonomia aumenta, mas o RH em parceria com a liderança deve garantir que o engajamento e os resultados não sejam prejudicados.

Para isso, é importante implementar ferramentas de acompanhamento de desempenho e iniciativas que mantenham os colaboradores motivados.

Exemplo prático: promover treinamentos online, sessões de feedback e momentos de integração para fortalecer o engajamento, mesmo a distância.

4. Reforçando a cultura organizacional

O hushed hybrid pode enfraquecer a conexão dos colaboradores com a cultura da empresa, especialmente se as interações presenciais forem reduzidas.

O RH precisa encontrar maneiras criativas de manter a cultura viva, mesmo em um ambiente parcialmente remoto.

Ação do RH: realizar eventos híbridos, criar espaços virtuais de troca e engajar equipes com programas de reconhecimento que valorizem contribuições individuais e coletivas.

5. Facilitando o uso de tecnologias

O sucesso do trabalho híbrido depende de ferramentas que suportem a colaboração e a comunicação a distância.

O RH deve garantir que os colaboradores tenham acesso às tecnologias necessárias para desempenhar suas funções de forma eficiente.

Exemplo prático: você pode implementar plataformas como ferramentas de gestão de tarefas, videoconferência e plataformas LMS para facilitar o trabalho híbrido e o desenvolvimento contínuo.

6. Cuidando do bem-estar dos colaboradores

O RH deve implementar práticas que promovam a saúde mental e o bem-estar, ajudando os colaboradores a gerenciar a autonomia sem prejudicar sua qualidade de vida.

Ação do RH: oferecer programas de assistência psicológica, horários flexíveis ajustáveis e orientações sobre gestão de tempo.

7. Adaptando processos de avaliação de desempenho

O modelo híbrido exige que o RH revise como os resultados e comportamentos são avaliados. Focar em entregas e resultados, ao invés de tempo de presença, faz toda a diferença.

Exemplo prático: adotar metodologias como OKRs ou KPIs para acompanhar o desempenho, em vez de avaliar apenas pelo número de horas trabalhadas.

8. Revisando a política de trabalho híbrido e fazendo melhorias

As políticas de trabalho híbrido não devem ser escritas em pedra, ou seja, elas são dinâmicas e adaptáveis sempre que necessário.

Tudo isso vai contribuir para o suporte, a colaboração e a conexão entre os trabalhadores. Por isso, enquanto profissional de RH, revise sua política para ver se ela está otimizada.

Como você pode fazer isso? O primeiro passo é se fazer perguntas como:

  • Os times que trabalham juntos precisam estar no local nos mesmos dias? Como você pode organizar isso junto com a liderança?
  • A política de retorno ao escritório incentiva as pessoas a estarem no presencial durante momentos importantes de colaboração ou reuniões? Ou elas estão indo apenas para “cumprir” tabela?
  • Existem diretrizes claras sobre a frequência com que os times devem estar no escritório e no home office?
  • A política atende às necessidades dos funcionários que preferem trabalhar no escritório para ter foco ou acesso a recursos que não tem em casa?
  • Você conta com ferramentas para revisar e ajustar regularmente a política com base no feedback dos funcionários?

Como uma plataforma LMS pode potencializar o trabalho híbrido?

Empresas de todos os segmentos e portes podem contar com o apoio de uma plataforma LMS (Learning Management System) para potencializar o modelo de trabalho híbrido.

Isso é possível porque um LMS oferece uma base tecnológica que promove a integração, capacitação e alinhamento das equipes, independentemente de onde estejam.

Com ele, pode-se:

  • Centralizar e padronizar o aprendizado;
  • Oferecer flexibilidade no aprendizado;
  • Proporcionar treinamentos personalizados;
  • Monitorar o desempenho e engajamento com treinamentos;
  • Garantir suporte no onboarding remoto;
  • Valorizar a cultura do aprendizado;
  • E muito mais!

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