Hard skills: o que são, exemplos e como desenvolver em 4 passos

No mundo profissional, as hard skills estão entre os critérios mais importantes na hora de conquistar uma vaga ou se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.

Mas você sabe exatamente o que são hard skills e por que elas são tão valorizadas?

Neste artigo, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre essas competências técnicas, desde sua definição até como desenvolvê-las de forma eficaz para alavancar sua carreira.

O que são hard skills?

A tradução de skill é justamente “habilidade”. Por isso, o significado de hard skills são habilidades técnicas específicas para realizar um trabalho.

Sendo assim, hard skills são habilidades práticas e técnicas que você desenvolve através de estudos, treinamentos ou experiências no trabalho.

São competências que dá para medir de forma objetiva e que estão diretamente ligadas ao que você faz no dia a dia profissional.

Por exemplo, saber usar ferramentas como Excel, programar em Python, falar outro idioma fluentemente ou até operar máquinas e criar relatórios financeiros são hard skills.

Essas habilidades costumam aparecer no currículo, são avaliadas em entrevistas de emprego e muitas vezes vêm acompanhadas de certificados ou resultados concretos.

Diferente das soft skills, que têm mais a ver com o jeito de lidar com as pessoas e se adaptar a situações, as hard skills são mais fáceis de ensinar e medir. E o melhor: são fundamentais para atender às demandas técnicas de qualquer cargo ou setor!

Qual a diferença entre hard skills e soft skills?

Embora os termos hard skills e soft skills sejam frequentemente mencionados juntos no contexto de desenvolvimento profissional, eles representam aspectos muito diferentes das habilidades de um colaborador. Para entender melhor, vamos analisar cada uma delas e suas diferenças de forma detalhada.

As hard skills são habilidades técnicas, específicas e mensuráveis que um profissional adquire por meio de estudos, treinamentos ou experiências práticas.

São as competências necessárias para executar tarefas concretas no ambiente de trabalho, como operar uma máquina, programar em uma linguagem de código, ou utilizar softwares como Excel ou Power BI.

Por serem objetivas, as hard skills são fáceis de avaliar — muitas vezes, basta um teste ou uma certificação para comprovar que você as possui.

Já as soft skills estão relacionadas ao comportamento, à maneira como você interage com outras pessoas e lida com situações no trabalho. Elas englobam habilidades interpessoais e emocionais, como comunicação, empatia, trabalho em equipe, resolução de conflitos e inteligência emocional.

Diferentemente das hard skills, as soft skills são subjetivas e mais difíceis de medir, mas são essenciais para o sucesso em qualquer ambiente corporativo.

A principal diferença entre as duas é que as hard skills são específicas para um trabalho ou tarefa e podem ser aprendidas e avaliadas de forma objetiva, enquanto as soft skills estão relacionadas à personalidade e ao comportamento, exigindo tempo e prática para serem desenvolvidas e percebidas.

Por exemplo, enquanto saber usar uma ferramenta de CRM é uma hard skill, a capacidade de gerenciar uma equipe de forma motivadora e eficiente é uma soft skill.

É importante ressaltar que ambas são complementares. Você pode ser o maior especialista técnico em uma ferramenta (hard skill), mas, sem a habilidade de colaborar com sua equipe ou apresentar suas ideias de forma clara (soft skills), pode ser difícil alcançar o sucesso pleno.

Por isso, o equilíbrio entre hard e soft skills é a chave para se destacar no mercado de trabalho e crescer profissionalmente.

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Características de hard skill e soft skills

Soft skills são mais difíceis de serem confirmadas, afinal não há um documento para garantir que alguém as possui. Por isso, o bom profissional de RH se atenta ao currículo, onde é possível ler as hard skills do candidato, e ao comportamento dele para “ler” as soft skills dele.

Isso porque o colaborador ideal possui tanto qualificações técnicas quanto comportamentais. Mesmo um engenheiro de software, atividade que demanda bastante de hard skills, também precisa se preocupar com as soft skills.

Ele precisa trabalhar em equipe, ser proativo e organizado, não é verdade? Da mesma forma, não há como um profissional de design trabalhar apenas com a criatividade, também é necessário dominar os softwares em que vai trabalhar.

Porém nem sempre vai ser possível achar esses profissionais devidamente capacitados, por isso é tão importante que as empresas busquem cada vez mais capacitar seus profissionais.

O treinamento técnico é uma capacitação realizada com os colaboradores para desenvolver novas habilidades e competências técnicas, com o intuito de aprimorar os conhecimentos e melhorar o desempenho da equipe.

Lista de exemplos de hard skills no mercado de trabalho

Confira exemplos que cobrem uma ampla gama de setores e áreas, desde tecnologia até habilidades operacionais, demonstrando como as hard skills podem ser específicas e alinhadas a necessidades profissionais distintas.

  • Programação: habilidade em linguagens como Python, Java, C++, SQL, entre outras;
  • Análise de dados: competências em interpretar grandes volumes de dados, utilizando ferramentas como Power BI, Tableau e Google Analytics;
  • Gestão de projetos: uso de metodologias como Scrum, Kanban ou PMBOK, além de ferramentas como Trello ou Jira;
  • Design gráfico: conhecimento em softwares como Adobe Photoshop, Illustrator ou CorelDRAW;
  • SEO e Marketing Digital: habilidade em estratégias de otimização de conteúdo, Google Ads e redes sociais;
  • Contabilidade: conhecimento em normas contábeis, cálculo de impostos e uso de sistemas como SAP ou TOTVS;
  • Edição de vídeo: uso de ferramentas como Adobe Premiere, Final Cut ou DaVinci Resolve;
  • Desenvolvimento web: habilidades em HTML, CSS, JavaScript e frameworks como React ou Angular;
  • Criação de apresentações: domínio de ferramentas como PowerPoint ou Prezi, incluindo técnicas de storytelling visual;
  • Fluência em idiomas: habilidade em se comunicar fluentemente em idiomas como inglês, espanhol, francês ou mandarim;
  • Machine Learning e IA: experiência em desenvolvimento de modelos preditivos utilizando ferramentas como TensorFlow ou PyTorch;
  • Gestão de mídias sociais: planejamento, criação de conteúdo e análise de desempenho em plataformas como Instagram, LinkedIn e Facebook;
  • Negociação: técnicas de negociação comercial e persuasão com foco em resultados;
  • Vendas e prospecção: uso de ferramentas de CRM como Salesforce ou HubSpot;
  • Treinamento em Segurança no Trabalho: certificações como NR-5, NR-10 e NR-35;
  • Fotografia: conhecimento técnico em manuseio de câmeras DSLR, iluminação e pós-produção;
  • Operação de máquinas: habilidade em utilizar equipamentos industriais ou agrícolas específicos;
  • Redação técnica: elaboração de manuais, documentos técnicos e relatórios detalhados;
  • Auditoria financeira: experiência em auditoria de contas e identificação de inconsistências;
  • Gestão de estoques: domínio de sistemas como SAP ou TOTVS e controle logístico;
  • Análise financeira: interpretação de demonstrativos financeiros e cálculo de indicadores;
  • Técnicas de vendas B2B: conhecimento avançado em estratégias de vendas para empresas;
  • Operação de drones: controle e aplicação em áreas como topografia, segurança e inspeção;
  • Desenvolvimento de aplicativos: criação de apps para iOS ou Android;
  • Habilidades em CAD: uso de AutoCAD ou SolidWorks para design e engenharia;
  • Pesquisa de mercado: análise de tendências, concorrência e comportamento do consumidor;
  • Gestão de Recursos Humanos: uso de sistemas como Gupy, Kenoby ou Convenia;
  • Edição de áudio: uso de softwares como Audacity ou Adobe Audition para produção musical ou podcasts;
  • Técnicas de ensino online: criação e gestão de cursos em plataformas LMS, como Twygo;
  • Cybersegurança: conhecimento em proteção de redes e sistemas, além de certificações como CISSP ou CEH.

Por que realizar treinamento técnico com os colaboradores?

O profissional ideal não vai ficar esperando para a sua empresa contratá-lo. O melhor mesmo é “construir” um profissional ideal a partir da orientação de um colaborador já contratado.

Assim você garante uma equipe de colaboradores treinados, capacitados e motivados. Existem muitas vantagens em estabelecer um programa de treinamento técnico dentro da empresa:

1. Você adquire uma equipe mais capacitada

Treinar um grupo de colaboradores “na casa” é bom porque, com um programa de T&D bem estruturado, é possível ter vários colaboradores altamente capacitados e adequados às necessidades da sua empresa.

Após a pandemia de coronavírus, muitos universitários concluíram e estão concluindo a graduação em modalidade remota, isso prejudica o foco e a aquisição de habilidades práticas.

Então capacitar esses estudantes que recém chegaram ao mercado pode ser uma oportunidade de montar uma equipe com competências técnicas adquiridas na própria empresa.

Isso garante que todos estudem e conheçam, não só os conteúdos importantes para realizar um trabalho, mas também para os colaboradores aprenderem a forma como a empresa trabalha.

2. Permite contratar pessoas com boas habilidades comportamentais

Aprender uma hard skill é mais fácil do que uma soft skill. Pense que você precisa contratar um designer e dentre todos os candidatos, dois se destacaram: o primeiro é bastante criativo, tem ideias inovadoras, mas um nível intermediário de conhecimento de software. O segundo candidato conhece tudo do software, mas não é muito bom em ter ideias próprias.

Quem você contrataria?

Capacitar alguém para usar uma ferramenta é mais simples, tem mais garantia de eficácia e pode ser aplicado um método com tempo de início e conclusão bem definidos. Mas isso só pode ser feito caso a empresa tenha um programa de treinamento interno.

Do contrário, a empresa tem que contratar o menos criativo e esperar que ele aprenda a ser criativo “na marra”.

2. Você consegue mais engajamento da equipe

É mais vantajoso contratar profissionais capazes de trabalhar em grupo e bem-organizados e depois capacitá-los através de cursos, do que contratar várias pessoas incapazes de trabalhar em equipe apenas porque têm um maior domínio técnico.

É importante ressaltar que não se trata de ignorar as hard skills no processo de contratação, muito pelo contrário, trata-se de observar quem possui o maior misto entre as hard skills e soft skills necessárias para a área e depois aperfeiçoá-la ainda mais.

Isso além de diminuir a concorrência, também diminui a rotatividade de colaboradores e aumenta a confiança na empresa.

3. Colaboradores mais experientes da empresa podem passar o conhecimento adiante

Aprender com os mais experientes acaba sendo benéfico porque na hora de pôr a mão na massa, os novos colaboradores tendem a cometer menos erros, o que é bom para a empresa.

Aprender quais são os erros comumente cometidos pelos novatos diminui o período de adaptação e de inclusão a uma empresa.

A gente te convida para assistir a uma aula para conferir estratégias de Treinamento e Desenvolvimento que têm impulsionado uma cultura de aprendizado na iFood, uma das empresas líderes em tecnologia e delivery.

webinar sobre hard skills

Como montar um treinamento de hard skills na minha empresa

1. Faça um LNT (Levantamento de Necessidade de Treinamento)

Para começar, é preciso saber quais são as habilidades e competências que estão em falta no mercado, assim é possível estabelecer quais capacitações devem ser elaboradas.

Para isso, a gente recomenda analisar o que é encontrado em abundância nos currículos alheios e comparar com o que é esperado de um profissional de determinada vaga, mas é mais difícil de encontrar.

Por exemplo, treinar pessoas em pacote office pode ser desnecessário se na sua empresa saber apenas o básico já está bom para o trabalho do dia a dia, e a maioria dos candidatos possui essa habilidade.

Então, veja quais são as necessidades da sua empresa em relação às hard skills e comece a partir daí.

Caso tenha ficado alguma dúvida sobre como conhecer as suas necessidades, nós já fizemos um texto sobre LNT para você ler depois ou baixe nossa checklist de levantamento de necessidades de treinamento e siga o passo a passo listado nela:

imagem para baixar a checklist de levantamento de necessidades de treinamento

2. Faça o planejamento

Depois que você identificou quais as principais necessidades da sua empresa, está na hora de se organizar. O intuito aqui é deixar tudo certinho, para que na hora de realizar o treinamento você possa garantir que todas as lacunas foram preenchidas.

É nessa etapa que você deve definir o formato da capacitação e a duração. Algumas coisas podem ser aprendidas em um dia, outras não.

A gente recomenda fazer o treinamento de forma remota. Assim é mais fácil para gravar e disponibilizar para os colaboradores. Da mesma forma, é possível treinar mais pessoas ao mesmo tempo sem gerar tumulto. Uma ferramenta para capacitação EAD pode ajudar nesses casos.

Tenha a certeza de que após o planejamento, todas as necessidades sejam respondidas. Até porque ninguém quer fazer toda essa mobilização para só depois descobrir que foi em vão não é mesmo?

Imagine-se como um novo colaborador, de preferência o mais leigo possível, e procure responder “Eu sairia devidamente capacitado desse treinamento?”.

Não esqueça: quanto mais detalhado e revisado for o planejamento, menor a chance de cometer erros.

Se você precisa de apoio para planejar treinamentos de hard skills, o primeiro passo é baixar nosso modelo pronto de planejamento de treinamentos, é grátis:

Planejamento de treinamento canvas

 3. Hora da prática!

Depois que estiver tudo organizado e revisado, é hora de fazer o treinamento de fato. O processo muda de acordo com o formato escolhido, se for um workshop ao vivo, conheça as etapas do que será dito e acompanhe, garanta que todos estão entendendo e que não há dúvidas.

Preocupe-se para que o treinamento seja bem didático, mas que seja prático em determinado ponto, isso ajuda a fixar o que acabou de ser aprendido.

Uma dica: se o treinamento durar várias horas, garanta para que a cada 50 minutos haja uma pausa para descontração. Isso facilita que tudo seja compreendido sem ficar muito maçante.

Pode ser feita uma dinâmica para treinamento rápida ou mesmo um papo para interagir sobre séries ou música.

É importante cuidar para que a descontração não dure mais de dez minutos. Essa técnica funciona tanto de forma presencial quanto remotamente, mas é preciso lembrar que de forma remota as pessoas tendem a interagir menos e a perder o foco mais rápido.

4. Ouça os participantes

Após o treinamento, garanta um espaço para tirar dúvidas e recolha feedbacks. Eles podem ser recolhidos através de um formulário, pedindo uma nota e uns dois ou três parágrafos explicando a experiência pessoal.

Aqui vai outra dica: não peça nomes ou algo que identifique o colaborador no feedback. É mais fácil conseguir depoimentos honestos se eles forem recolhidos de forma anônima, afinal a gente sabe que todo novo colaborador quer fazer de tudo para agradar, não é verdade?

Lembre-se: não é porque o treinamento acabou que o trabalho já se concluiu. Ouça o que as pessoas têm a dizer. Vá “calibrando” o treinamento para que ele fique cada vez melhor. Para isso, use os indicadores de treinamento, como aproveitamento individual e a taxa de participação.

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