O que são Competências Técnicas? Conheça as mais procuradas pelas empresas
Ao procurar pelos melhores profissionais, uma empresa que faz a gestão de pessoas por competências busca pelos conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) que mais se alinham com suas necessidades. Entre outras competências analisadas no mercado de trabalho estão
Ao procurar pelos melhores profissionais, uma empresa que faz a gestão de pessoas por competências busca pelos conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) que mais se alinham com suas necessidades. Entre outras competências analisadas no mercado de trabalho estão as competências fundamentais para o profissional exercer sua função: as competências técnicas.
Neste artigo, vamos nos aprofundar no que são as competências técnicas e como desenvolvê-las em seus colaboradores.
O que são competências técnicas?
Competências técnicas são todos os conhecimentos e habilidades adquiridos por uma pessoa através da educação formal e não formal, como treinamentos, cursos profissionalizantes, experiências, oficinas, palestras etc.
As competências técnicas ou hard skills são pré-requisitos em todos os cargos, pois são as atribuições básicas para o bom desempenho em determinada função.
Quando uma empresa está em busca de um profissional, ela deve decidir quais serão os requisitos básicos de avaliação dos candidatos, pontuando os currículos em cinco grupos de competências técnicas, que podem ser:
- Formação acadêmica: nível de escolaridade;
- Cursos: conhecimentos técnicos que foram obtidos através de cursos profissionalizantes;
- Idiomas: idiomas que o candidato tem domínio;
- Habilidades em programas de computadores: conhecimentos sobre os softwares usados pela empresa;
- Conhecimento geral: de quais palestras, workshops e treinamentos que o candidato já participou.
Vamos dar um exemplo: uma empresa de marketing quer contratar um estagiário e depois de planejar e mapear as competências, chegaram em alguns pontos que são indispensáveis:
- Deve estar cursando Publicidade e Propaganda, Design Gráfico ou Jornalismo (formação acadêmica);
- Deve ter conhecimento em storytelling, design gráfico intermediário e marketing digital (cursos e conhecimento geral);
- Deve ter pelo menos o nível intermediário em inglês (idiomas);
- Deve ter conhecimento no pacote Microsoft Office e pacote Adobe com foco no Photoshop (habilidades em softwares).
Estas serão as principais competências técnicas que devem ser avaliadas pelo RH nos currículos dos candidatos.
Os que mais se encaixarem com a descrição serão chamados para uma entrevista, em que outras competências serão avaliadas.
Níveis de conhecimento técnico
Saber o que a pessoa sabe é importante. Mas saber o quanto ela sabe é o que realmente muda o jogo quando falamos de Treinamento e Desenvolvimento (T&D).
Quando identificamos corretamente o nível de conhecimento técnico de cada colaborador, conseguimos criar planos de capacitação mais assertivos, evitar retrabalho e acelerar o ganho de performance da equipe.
A seguir, detalhamos os principais níveis de conhecimento técnico, com orientações práticas para você aplicar no seu dia a dia de T&D:
Conhecimento elementar – a base da base
Esse é o ponto de partida. Aqui, a pessoa ainda está em fase inicial de familiarização com o tema, e tem um repertório bastante limitado.
Normalmente, ela não compreende os jargões técnicos, exige orientação constante e depende fortemente de material explicativo e supervisão direta.
Exemplo prático: um novo colaborador que acabou de ser contratado para o time de suporte e ainda está aprendendo como funciona o sistema interno. Ele precisa de guias passo a passo para executar tarefas simples, como responder um e-mail padrão ou abrir um ticket.
Nesse nível, a estratégia ideal é investir em conteúdos didáticos, visuais e altamente contextualizados — o que um bom LMS pode entregar com organização e escala.
Conhecimento básico – quando o repertório começa a se formar
A pessoa já tem alguma bagagem — seja por experiência prévia, seja por contato recorrente com a função.
Ela reconhece os conceitos principais, consegue acompanhar uma conversa técnica (ainda que sem profundidade), e já começa a executar tarefas com certa autonomia operacional.
Exemplo prático: um colaborador da área de vendas que já conhece bem o produto, mas ainda precisa de apoio para lidar com objeções mais complexas. Ele consegue aplicar scripts de atendimento, mas tem dificuldade para improvisar.
Nesse estágio, o papel do T&D é oferecer treinamentos que combinem teoria com prática, reforcem padrões e comecem a desenvolver o raciocínio técnico.
Conhecimento fundamental – maturidade operacional e autonomia
Aqui, o colaborador já domina bem a prática da função e entende o “porquê” por trás dos processos.
Ele consegue tomar decisões técnicas dentro do seu escopo, propor pequenas melhorias e interagir com outras áreas com mais segurança.
Exemplo prático: uma analista de RH que já domina a plataforma de recrutamento, sabe aplicar entrevistas estruturadas, mensura indicadores e até dá sugestões para otimizar o funil de contratação.
O ideal nesse nível é oferecer trilhas de aprendizagem com desafios mais robustos, simulações de situações reais e incentivo ao desenvolvimento de habilidades analíticas.
Conhecimento sólido – referência técnica e influência estratégica
O colaborador já é considerado um ponto de apoio técnico dentro da equipe. Além de conhecer profundamente a área, ele atua como mentor para os demais, antecipa riscos e participa de decisões que impactam o negócio.
Exemplo prático: um gerente de projetos que já coordenou dezenas de entregas complexas, domina metodologias como Scrum, consegue facilitar cerimônias e ainda atua como ponte entre áreas técnicas e o board.
Aqui, o papel do T&D é fortalecer habilidades de liderança, visão de negócios e soft skills, ajudando essa pessoa a ampliar sua atuação para além da técnica.
Conhecimento profundo – domínio sistêmico e capacidade de transformação
Esse nível representa o grau máximo de especialização e experiência. A pessoa tem uma visão holística do negócio, atua na formulação de estratégias, lidera iniciativas de inovação e influencia diretamente a cultura da empresa. Normalmente são diretores, fundadores ou lideranças seniores.
Exemplo prático: um CTO que desenvolve a visão de produto, domina tendências de tecnologia, constrói times de alta performance e direciona decisões com impacto direto no crescimento da empresa.
Para esse perfil, o foco do T&D deve estar em mentorias, fóruns estratégicos, treinamentos de liderança avançada e programas de formação continuada, como MBAs ou cursos de atualização internacional.
E o que fazer com tudo isso na prática?
- Mapear os níveis de conhecimento técnico ajuda você a identificar gaps, prever necessidades futuras e desenhar trilhas de aprendizagem personalizadas;
- Um LMS como a Twygo permite criar programas escaláveis, organizados por nível de domínio e que evoluem com o colaborador;
- Dá para usar essa estrutura até no plano de cargos e salários, ajudando RH e lideranças a tomar decisões mais justas e objetivas sobre promoções.
Quais são as 5 competências técnicas mais procuradas pelo mercado de trabalho?
Dentre as principais competências técnicas comumente exigidas pela maioria das organizações, estão:
1 – Habilidade com Informática e Tecnologia
De acordo com uma pesquisa da Advance Consulting, em 2017 a área da tecnologia cresceu 10,5% em comparação com o ano anterior e só tende a aumentar nos próximos anos.
Por causa desse avanço, é importante para o profissional investir no desenvolvimento de competências na área da tecnologia e informática.
2 – Conhecimento em Marketing Digital
O investimento na área de marketing é algo que muitas empresas já fazem pois sabem que ela é uma forma de trazer novas oportunidades.
Entender sobre Blogs, SEO, Landing Pages, Mídias Sociais, E-mail Marketing e outros diversos conceitos e ferramentas é imprescindível para um bom trabalho nesta área.
As ações no meio digital conseguem oferecer informações que ajudam em tomadas de decisão, maior produtividade e maior impacto pelo uso correto dessas ferramentas.
3 – Análise de Dados
Ter capacidade analítica é saber traduzir números em informações que tenham significado e que ajudem na solução de problemas.
O profissional que sabe analisar dados para tomada de decisão, ou seja, sabe ler números, estatísticas, coletar dados e que conhece linguagem de programação básica, com certeza irá se destacar.
4 – Espírito Empreendedor
Desenvolver as competências técnicas focadas no pensamento empreendedor é fundamental para aqueles que desejam crescer dentro de uma organização.
Afinal, ter iniciativa empreendedora significa usar suas competências com criatividade, confiança e liderança para produzir o novo.
5 – Habilidade de Negociação
Essa é uma competência tanto técnica quanto gerencial, afinal, um gestor precisa saber negociar!
Seja com sua equipe, líderes ou clientes, utilizando da persuasão, do seu conhecimento e de uma boa relação interpessoal, é preciso ter habilidades de comunicação e persuasão.
Como desenvolver as Competências Técnicas dos colaboradores?
Nem todo profissional tem todas as competências técnicas necessárias para desempenhar sua função na máxima performance. Para isso é necessário desenvolvê-las. Para as empresas, é necessário incentivar o crescimento de seus colaboradores e a cultura do aprendizado e desenvolvimento. Afinal, é com colaboradores competentes que uma empresa se torna competente.
Por isso, cada vez mais as empresas estão aderindo às universidades corporativas (UC) para capacitar colaboradores.
As UCs habilitam e consolidam os programas de treinamento e desenvolvimento dentro das empresas. Esta é uma alternativa benéfica tanto para a corporação, que potencializa seu capital humano e diminui o turnover de pessoas, quanto para o colaborador que aumentará seus resultados e as chances de crescer profissionalmente.
Mas nem tudo é tão simples! Há casos em que colaboradores mais antigos ficam ofendidos ou se sentem desvalorizados quando outro profissional mais jovem ou com menos tempo de empresa é promovido por ter se desenvolvido.
Utilizam a desculpa: “Mas estou aqui há mais de tantos anos”, entretanto, estes nunca se preocuparam em se profissionalizar ou aprimorar seus conhecimentos. Alguns profissionais continuam com o mesmo pensamento de quando entraram, mesmo com anos de experiência em uma empresa.
Cabe à empresa premiar os colaboradores que estão se desenvolvendo, potencializando a cultura de busca contínua por aprendizado, e reprovar atitudes negativas quanto à capacitação interna nas organizações.
Os profissionais em geral devem entender que a busca contínua pelo desenvolvimento de suas competências técnicas os coloca à frente no mercado de trabalho. Então, fazer cursos, participar de palestras, workshops e estar sempre por dentro das novidades de sua área de atuação tornam o profissional um destaque entre os outros.
Em resumo, o pensamento de melhoria contínua nas competências técnicas de um colaborador deve ser tanto motivado por ele mesmo, quanto pela empresa em que ele trabalha.
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